Alimentos funcionais podem promover manutenção da saúde
Notícia vinculada em 06 de novembro de 2013
Cogumelo é fonte de vitamina D e jabuticaba ajuda a reduzir o colesterol.
Esses são os alimentos funcionais que estão sendo discutidos na Unicamp.
Que os cogumelos têm alto teor de proteínas, fibras e baixo índice de gordura a ciência já sabia. A novidade veio da Alemanha. Um estudo desenvolvido pela universidade de Hannover descobriu que o cogumelo também é uma fonte importante de vitamina D.
Basta um minuto de exposição do cogumelo à radiação solar ou à iluminação artificial UV depois da colheita para que ele libere vitamina D.
O cientista Ralf Berger explica que quem comer o cogumelo vai ingerir a vitamina D. Ela se mantém estável e não sofre alterações no cozimento. Bastam cem gramas de qualquer tipo de cogumelo a cada uma, duas semanas, para ter os benefícios.
A pesquisa foi apresentada no Simpósio Latino Americano de Ciência de Alimentos, que acontece esta semana na Unicamp, em Campinas, no interior de São Paulo. Cientistas do mundo inteiro discutem o que tem sido descoberto sobre a funcionalidade dos alimentos.
A questão é como incorporar estes avanços científicos no dia a dia. A resposta talvez seja as parcerias cada vez mais frequentes entre pesquisadores e empresas para desenvolver produtos com propriedades para melhorar a saúde. A estimativa da indústria é que, em 2020, 80% dos alimentos sejam funcionais.
“Os alimentos funcionais podem interferir de forma a prevenir nas doenças crônico-degenerativas não transmissíveis, que estão afetando a população mundial”, explica Glauce Pastores, pesquisadora da Unicamp.
Outro alimento funcional é a jabuticaba. A fruta é rica em cálcio, ferro e vitaminas B e C. Significa que faz bem para a pele, cabelos e circulação do sangue. Os pesquisadores transformaram a casca em um pó e complementaram a dieta de ratos com ele. O resultado foi uma diminuição de 50% do colesterol, 10% da glicemia do açúcar e 30% dos radicais livres do sangue desses animais.
“Estes alimentos não criam novos tecidos, a função deles é preservar melhor o organismo. Até o inicio do século 21, conhecia-se apenas cinco classes de alimentos, mas existe uma grande quantidade e agora se sabe que os efeitos destes alimentos são muito positivos”, garante Jaime Farfan, pesquisador da Unicamp.
Fonte: Globo.com/JORNAL-HOJE